Aryna Sabalenka critica inclusão de mulheres trans em competições femininas e gera nova onda de debates

A número 1 do mundo, Aryna Sabalenka, diz que não é justo mulheres competirem com atletas trans e reacende um dos debates mais sensíveis do esporte moderno.

A tenista bielo-russa Aryna Sabalenka, atual número 1 do mundo, reacendeu o debate sobre a participação de mulheres trans no esporte ao comentar o tema durante entrevista ao programa “Uncensored”, apresentado por Piers Morgan. Direta e firme, Sabalenka afirmou que não considera justa a competição entre atletas cis e trans, argumentando que existe uma “vantagem biológica” mantida mesmo após a transição de gênero.

Segundo a tenista, essa diferença impacta diretamente o desempenho e, consequentemente, a equidade nas competições femininas. “As mulheres trabalham a vida inteira para chegar ao máximo de sua performance e, de repente, precisam enfrentar alguém biologicamente mais forte”, afirmou. A declaração repercutiu globalmente e reacendeu discussões já conhecidas no cenário esportivo.

O tema, embora polêmico, não é novo. Diversas modalidades têm revisado suas regras nos últimos anos para tentar equilibrar inclusão, direitos individuais e justiça competitiva — um desafio constante para atletas, federações e especialistas. A fala de Sabalenka reforça a preocupação de parte das esportistas que temem perder espaço ou competitividade diante de parâmetros que ainda não são consenso.

A entrevista ocorreu às vésperas da “Batalha dos Sexos”, evento amistoso marcado para 28 de dezembro, em Dubai. A disputa resgata a tradição inaugurada em 1973, quando Billie Jean King derrotou Bobby Riggs em uma partida que marcou a história do tênis ao exaltar a força e a capacidade das mulheres no esporte.

Enquanto as discussões sobre inclusão continuam em evolução, o posicionamento de Sabalenka deixa evidente que este será um dos temas mais sensíveis — e polarizados — no universo esportivo. O desafio é avançar no diálogo de forma responsável, conciliando equidade, segurança e respeito às diferentes identidades.

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