O Museu Nacional da República voltou a ser palco de emoção neste domingo (7), quando 100 casais oficializaram a união na quarta edição de 2025 do Casamento Comunitário, projeto do Governo do Distrito Federal que garante cerimônia, preparação e taxas gratuitas.
Criado pelo Decreto nº 41.971/2021, o programa já permitiu que mais de mil casais regularizassem a união sem custos. Em 2025, esta foi a quarta cerimônia — as outras ocorreram em março, junho e agosto.
A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou o simbolismo do local: “O Casamento Comunitário começou aqui, no período da pandemia. Retornar ao museu traz um tom especial e nostálgico.”
Além da oficialização civil, os participantes recebem apoio completo: transporte, trajes, maquiagem, cabelo e registro fotográfico, tudo viabilizado com parcerias privadas e trabalho voluntário.
Para muitos casais, o momento representa não apenas celebração, mas acesso a direitos. A união civil abre portas para segurança jurídica, pensão, herança, inclusão em programas sociais e proteção ampliada — especialmente para famílias que já viviam juntas, mas não tinham condições de arcar com cartório e cerimônia.
A juíza de paz Mírtala Delmondez, que conduziu os casamentos, define a iniciativa como “pertencimento, cidadania e grandiosidade”.
Entre noivas ansiosas e noivos emocionados, o sentimento mais comum era o de conquista. “Esperei oito anos. Sempre quis entrar de véu e grinalda”, contou Kátia Kelly, uma das primeiras a chegar para se preparar. Para ela e muitos outros, casar no Museu Nacional foi um sonho possível graças ao projeto.


