Entre dor e coragem: rede do DF se torna aliada de vítimas de violência

A rede pública do Distrito Federal já acolheu mais de 4,8 mil vítimas de violência entre janeiro e outubro de 2025. Os atendimentos foram realizados pelos Centros de Especialidades para Atenção às Pessoas em Situação de Violência (Cepavs), que integram a Rede de Flores e oferecem apoio psicológico, social e orientação para mulheres, crianças, adolescentes e idosas.

Em Santa Maria, usuárias relatam que o serviço foi decisivo para reconhecer situações de abuso e romper ciclos de violência doméstica e patrimonial. O atendimento combina sessões individuais, grupos terapêuticos e encaminhamento para outros serviços da rede pública.

Atualmente, o DF conta com 18 unidades da Rede de Flores distribuídas pelas regiões administrativas. Segundo profissionais do Cepav, cerca de 90% dos casos atendidos têm origem no ambiente familiar, o que reforça a importância de ampliar o acesso à informação e aos mecanismos de denúncia.

A articulação entre Saúde, Assistência Social, Delegacias Especializadas, Conselho Tutelar e entidades do terceiro setor fortalece a proteção às vítimas e garante respostas mais rápidas e integradas.

Apesar dos avanços, especialistas alertam que a subnotificação ainda é alta. Reconhecer sinais, buscar ajuda e romper o silêncio permanecem como passos essenciais para interromper a violência e garantir proteção.

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