O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), respondeu nesta quarta-feira (12/11) às críticas feitas pelo secretário de Penitenciárias do Ministério da Justiça e Segurança Pública, André Garcia, que considerou um erro o governo fluminense ter divulgado com antecedência a transferência de presos ligados a facções criminosas.
Segundo Castro, o governo federal não orientou o estado sobre o procedimento e, portanto, não caberia críticas posteriores.
“Não chegou lá em nenhum momento pedindo para que não se falasse. Então, acho que ele, antes de criticar, tem que orientar. Não orienta e depois critica, parece que é má vontade. Mais uma, né?”, declarou o governador.
Castro destacou ainda que o almoço entre governadores, marcado para esta quarta-feira à tarde, tratará exclusivamente de temas relacionados à segurança pública, reforçando que o foco dos estados é a integração das forças para o combate ao crime organizado.
Mais cedo, o Ministério da Justiça divulgou nota informando que a Polícia Penal Federal realizou, a pedido do governo do Rio, a transferência de sete presos de alta periculosidade para unidades federais. O comunicado ressaltou que as vagas foram atendidas em 28 de outubro e que as operações seguem o rito processual determinado pelo Poder Judiciário, com análise individual de cada caso.
Com as novas transferências, o Rio de Janeiro passou a ser o estado com o maior número de detentos sob custódia federal, totalizando 66 presos.
De acordo com a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), os detentos permanecem em celas individuais, sob vigilância permanente e em regime de isolamento de 22 horas diárias, com rígidos protocolos de segurança e controle sobre todos os itens utilizados nas unidades.


