O advogado-geral da União, Jorge Messias, é o principal cotado para assumir a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF), após a aposentadoria antecipada do ministro. Ligado ao núcleo político do PT e com relação próxima ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Messias, de 45 anos, poderá permanecer no cargo por até 30 anos, caso seja confirmado na indicação.
De acordo com o regimento interno do STF, ministros devem se aposentar compulsoriamente aos 75 anos. Isso significa que Messias, se nomeado, se tornaria o mais jovem integrante da Corte, superando Cristiano Zanin, atualmente com 49 anos. Outro nome avaliado por Lula é o do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que, se escolhido, poderia ocupar o cargo por até 26 anos.
O calendário de aposentadorias do Supremo indica que Luiz Fux deixará o tribunal em 2028, seguido por Cármen Lúcia, em 2029, e Gilmar Mendes, em 2030. Com exceção desses três e de Edson Fachin, os demais ministros têm menos de 60 anos, o que projeta uma estabilidade prolongada na composição da Corte.
A possível escolha de Messias reforça o movimento do governo Lula de consolidar sua influência institucional. Caso o presidente seja reeleito em 2026, poderá concluir o segundo mandato com seis indicações ao STF — número suficiente para formar a maioria do tribunal e imprimir uma marca duradoura em suas decisões.
