5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres começa em Brasília

Brasília recebe a partir desta segunda-feira (29) a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM), que traz como tema central “Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas”. O encontro, que se estende até quarta-feira (1º), marca a retomada desse espaço de participação social após quase uma década e reúne cerca de 4 mil participantes, entre delegadas, convidadas, observadoras e representantes da sociedade civil.

Coordenada pelo Ministério das Mulheres (MMulheres) e pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), a etapa nacional é resultado de uma intensa mobilização em todo o país desde abril, com conferências municipais, regionais, estaduais, distrital e quase mil conferências livres. Ao todo, mais de 156 mil mulheres participaram desse processo preparatório.

Na pauta, estão temas centrais como:

  • enfrentamento às desigualdades sociais, econômicas e raciais;
  • combate à violência contra as mulheres e fortalecimento da rede de proteção;
  • igualdade salarial e valorização do trabalho;
  • participação feminina em espaços de poder e decisão;
  • fortalecimento das políticas de cuidado e de autonomia econômica;
  • saúde, educação e assistência social;
  • redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6×1;
  • direitos sexuais e reprodutivos.

Segundo a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, a conferência representa a retomada de um espaço democrático interrompido em 2016, quando políticas públicas voltadas às mulheres sofreram desmobilização e desfinanciamento. Para ela, o encontro simboliza “um espaço de luta, esperança e visão de futuro, no qual as mulheres vêm ávidas por participar, ter voz, vez e voto”.

A abertura oficial acontece às 10h, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra Márcia Lopes, além de autoridades dos poderes Legislativo e Judiciário e lideranças sociais e políticas.

Durante três dias, as participantes acompanharão painéis temáticos, plenárias, atividades culturais, feira de economia solidária e debates sobre justiça climática e de gênero. As propostas aprovadas servirão de base para a atualização do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, a ser elaborado de forma democrática e coletiva.

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