Brasil e Califórnia fecham acordo para fortalecer ações climáticas

O Brasil e o estado da Califórnia, nos Estados Unidos, firmaram um memorando de entendimento voltado ao desenvolvimento de projetos conjuntos de combate às mudanças climáticas. O acordo foi assinado em Nova York, em encontro entre a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o governador californiano Gavin Newsom.

A iniciativa se destaca pelo contraste com o posicionamento do governo norte-americano, que recentemente se retirou do Acordo de Paris e minimizou a emergência climática. Para Newsom, a cooperação internacional é essencial para enfrentar desafios globais e garantir soluções concretas para o clima.

Objetivos da parceria

O acordo prevê a implementação de medidas que contribuam para a neutralidade climática até 2050, no caso do Brasil, e 2045, na Califórnia. Entre os pontos principais estão:

  • Redução das emissões de gases de efeito estufa;
  • Incentivo à transição energética e uso de tecnologias limpas;
  • Adaptação urbana com soluções inspiradas na natureza;
  • Troca de experiências técnicas, capacitação e workshops conjuntos.

Marina Silva destacou que a parceria vai além de interesses regionais. “É uma ação que beneficia tanto a população brasileira quanto a comunidade global, fortalecendo esforços para enfrentar as mudanças climáticas”, afirmou.

Estrutura de cooperação

O memorando prevê a criação de um plano de ação conjunto, que será elaborado em cinco anos pelo Ministério do Meio Ambiente e pela Agência de Proteção Ambiental da Califórnia. A cooperação incluirá intercâmbios técnicos, oficinas e compartilhamento de boas práticas, além de incentivos a inovações sustentáveis.

Newsom reforçou que o trabalho conjunto busca resultados concretos: “Reduzir a poluição, proteger ecossistemas e criar economias mais sustentáveis é uma responsabilidade compartilhada que exige colaboração global”.

O acordo representa um passo importante para fortalecer a agenda ambiental do Brasil e demonstra que parcerias internacionais podem avançar mesmo diante de divergências políticas e ideológicas com outras administrações.

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