Festival de Brasília do Cinema Brasileiro encerra 58ª edição com homenagens e entrega dos Troféus Candango

Reconhecido como um dos mais importantes e tradicionais encontros do audiovisual no país, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro chega ao fim neste sábado (20), celebrando 60 anos de trajetória. A 58ª edição será marcada pela entrega dos Troféus Candango, premiação que consagra produções nacionais em 14 categorias de longa-metragem e 12 de curta, escolhidas tanto pelo júri oficial quanto pelo voto popular.

A cerimônia de encerramento, marcada para as 17h, terá a condução das atrizes Bárbara Colen e Maeve Jinkings. Entre os momentos mais esperados, está a homenagem à atriz Fernanda Montenegro, de 95 anos, que receberá o Troféu Candango pelo Conjunto da Obra. Outros reconhecimentos especiais incluem a Medalha Paulo Emílio Sales Gomes, destinada à pesquisadora Ivana Bentes, e o Prêmio Leila Diniz, concedido à diretora Lucia Murat, em reconhecimento ao seu cinema de forte engajamento político e social.

O festival também preserva sua tradição de valorizar a produção nacional inédita, exibida no Cine Brasília — espaço projetado por Oscar Niemeyer e sede oficial do evento desde sua criação, em 1965. “A seleção parte de uma chamada pública nacional, priorizando filmes inéditos em Brasília”, destacou a diretora da edição, Sara Rocha. A curadoria ficou a cargo de Eduardo Valente, que coordenou comissões de especialistas para avaliar as obras inscritas nas mostras competitivas.

Após a entrega dos prêmios, o público confere a sessão de encerramento com o longa A Natureza das Coisas Invisíveis (2025), dirigido pela brasiliense Rafaela Camelo, que aborda a amizade entre duas crianças internadas em um hospital.

Além da competição principal, o festival promoveu premiações paralelas que reforçam a diversidade e a representatividade do cinema brasileiro. Entre elas, o Troféu Câmara Legislativa do DF, destinado a produções da Mostra Brasília, o prêmio Zózimo Bulbul, da Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (APAN), e o Caleidoscópio, da Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci). A Associação Brasileira dos Críticos de Cinema também deve anunciar os melhores filmes em curta e longa-metragem, de acordo com seu júri.

Com seis décadas de história, o Festival de Brasília segue como vitrine fundamental para a produção audiovisual nacional, reunindo novas vozes, consagrando talentos e reafirmando o papel da capital como palco da cultura brasileira.

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