O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, não participará da 80ª Assembleia Geral da ONU, marcada para a próxima semana nos Estados Unidos, após o governo norte-americano impor restrições ao seu visto. Segundo o Ministério da Saúde, a medida impede que Padilha exerça suas funções no Conselho Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), comprometendo a atuação do Brasil em um dos principais fóruns internacionais de saúde para as Américas.
A pasta afirma que o visto concedido ao ministro permitiria apenas deslocamentos restritos entre o hotel e a sede da ONU, além de acesso a instalações médicas em caso de emergência. “Diante dessas limitações arbitrárias, o ministro permanecerá no país, concentrado na votação da Medida Provisória do Programa Agora Tem Especialistas no Congresso Nacional”, destacou o ministério.
O episódio se soma a restrições anteriores, incluindo o cancelamento dos vistos da esposa e da filha de Padilha e de outros servidores do Ministério da Saúde ligados ao programa Mais Médicos, sob a justificativa do Departamento de Estado de envolvimento em um suposto “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”.
Apesar da ausência de Padilha, a delegação brasileira manterá todas as articulações diplomáticas, com participação de representantes do ministério em reuniões bilaterais e eventos internacionais, incluindo a COP-30, reforçando o compromisso do país com a ciência e a saúde pública.