A chamada pública de projetos voltada ao Nordeste, dentro do programa Nova Indústria Brasil (NIB), ultrapassou todas as expectativas e recebeu propostas que somam R$ 127,8 bilhões em pedidos de financiamento. O valor é quase 13 vezes maior do que os R$ 10 bilhões inicialmente previstos para a linha de crédito, que tem como objetivo fomentar inovação, reindustrialização e desenvolvimento sustentável na região.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, destacou a força demonstrada pelo setor produtivo nordestino e sinalizou que os recursos poderão ser ampliados.
“O resultado foi extraordinário e apontou o enorme potencial da região. Nosso compromisso é que os projetos consistentes serão atendidos, mesmo que seja necessário elevar os valores inicialmente alocados. Sob orientação do presidente Lula, o BNDES está de mãos dadas com o Nordeste para transformar boas ideias em oportunidades concretas”, afirmou.
Segundo o BNDES, 246 propostas foram apresentadas por empresas de todos os estados da região, distribuídas entre cinco eixos estratégicos:
- Transição energética com foco em armazenamento: 54 propostas, R$ 15,3 bilhões;
- Bioeconomia e fármacos: 44 projetos, R$ 5,4 bilhões;
- Hidrogênio verde: 32 projetos, R$ 54,3 bilhões;
- Data center verde: 35 iniciativas, R$ 16,9 bilhões;
- Setor automotivo e máquinas agrícolas: 40 projetos, R$ 25,2 bilhões.
Outras 41 propostas se inscreveram em mais de uma categoria, totalizando R$ 10,4 bilhões.
O perfil dos inscritos também chamou a atenção: 88% são pequenas e médias empresas, 73% envolveram parcerias com instituições de ciência e tecnologia e 30% foram estruturadas em consórcio com outras companhias.
Para o presidente do Consórcio Nordeste e governador do Piauí, Rafael Fonteles, a forte adesão do setor produtivo comprova a capacidade de crescimento da região.
“Esta parceria que construímos com o governo federal, os bancos de fomento e entidades parceiras abriu a porta que o nosso dinamismo e a nossa vontade de fazer precisavam. Tenho plena certeza de que estamos diante de um ponto de virada: o Nordeste se consolida como a maior fronteira de investimento do país e como polo de desenvolvimento capaz de liderar a nova industrialização nacional”, disse.