O Ministério das Mulheres apresentou, em Brasília, o Plano de Ações Integradas Mulheres e Clima, que reúne dez medidas estratégicas voltadas à justiça climática com perspectiva de gênero. A iniciativa marca o compromisso do Brasil de incluir as mulheres no centro das soluções ambientais, em preparação para a COP30, que será realizada em novembro de 2025, em Belém (PA).
O lançamento ocorreu no auditório do Ministério do Trabalho e Emprego e contou com a presença das ministras Márcia Lopes (Mulheres) e Margareth Menezes (Cultura), além de representantes da ONU Mulheres, parlamentares, especialistas e movimentos sociais.
Durante o evento, a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, ressaltou que as mulheres estão entre as mais impactadas pela crise climática, mas também são protagonistas na busca por soluções sustentáveis. Já a ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou a importância de valorizar a diversidade de vozes femininas, como negras, indígenas, periféricas e rurais, que historicamente enfrentam maiores vulnerabilidades diante das mudanças do clima.
O plano prevê medidas como:
- criação de um Protocolo de Atendimento às Mulheres em Emergências Climáticas e Desastres;
- inclusão do tema na 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres;
- atuação no Gender Day da COP30;
- formação de 100 lideranças comunitárias em diplomacia popular, em parceria com a UnB.
Também estão previstas ações de articulação internacional em fóruns como G20, Mercosul e BRICS, além do fortalecimento do Plano de Ação em Gênero (GAP) no Brasil.
No mesmo dia, ocorreu o 1º Encontro da Articulação Nacional Mulheres e Clima, reunindo movimentos sociais, especialistas e gestoras públicas para ampliar a presença feminina nas discussões sobre mudanças climáticas e políticas ambientais.
Com essas iniciativas, o governo busca reforçar a integração entre políticas de gênero e sustentabilidade, reafirmando o protagonismo das mulheres brasileiras na luta global contra a crise climática.