O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira (10) pela condenação do general da reserva Braga Netto pelo crime de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O militar é um dos réus investigados na trama golpista que buscava reverter o resultado das eleições de 2022.
Com o voto de Fux, a Corte formou maioria de três votos pela condenação do general. Ontem (9), os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino já haviam votado pela condenação. O general, no entanto, foi absolvido pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, dano qualificado e grave ameaça.
Vice na chapa de Bolsonaro em 2022, Braga Netto está preso desde dezembro de 2024, acusado de obstruir a investigação sobre o plano golpista, conhecido como “plano Copa 2022”, que incluía ações clandestinas por militares e ex-assessores de Bolsonaro, com suposto planejamento de sequestro e homicídio do ministro Alexandre de Moraes.
Durante o julgamento, depoimentos de delação premiada indicaram que o general teria financiado parte das ações do plano golpista. Fux destacou que qualquer tentativa de ataque à Suprema Corte representa um risco à estabilidade política e à separação dos poderes.
O ministro absolveu Braga Netto dos demais crimes imputados e prossegue com a análise das condutas dos outros réus na Primeira Turma do STF.