A Polícia Federal (PF) cumpriu, no início da noite desta quarta-feira (20), um mandado de busca pessoal e de apreensão de celulares contra o pastor Silas Malafaia no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.
A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do inquérito que investiga o crime de coação no curso do processo, supostamente praticado contra autoridades responsáveis pela condução da ação penal da tentativa de golpe de Estado, na qual o ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-integrantes de seu governo são réus.
Medidas cautelares
Além da apreensão dos aparelhos, Malafaia foi submetido a medidas cautelares diversas da prisão, entre elas:
- proibição de deixar o país;
- proibição de manter contato com outros investigados.
Abordagem no aeroporto
O pastor foi abordado por agentes federais logo após desembarcar de um voo vindo de Lisboa. Ele foi conduzido para as dependências do aeroporto, onde prestou depoimento à PF.
O que diz a PGR
As medidas foram solicitadas pela Polícia Federal e tiveram parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo o procurador-geral, Paulo Gonet, há indícios de que Malafaia atuava como “orientador e auxiliar” em ações de coação e obstrução, articuladas por Jair Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
“Impõe-se concluir que estão associados no propósito comum, bem como nas práticas dele resultante, de interferir ilicitamente no curso e no desenlace da Ação Penal nº 2668 [da tentativa de golpe], em que o ex-presidente figura como réu”, destacou Gonet em parecer emitido no último dia 15.