O aguardado encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, realizado nesta sexta-feira (15/8) em Anchorage, no Alasca, terminou sem avanços concretos em relação à guerra na Ucrânia.
Após quase três horas de reunião, Trump declarou que houve “progresso” nas conversas, mas admitiu que os dois lados não chegaram a um consenso sobre todos os pontos em pauta. O presidente americano descreveu o diálogo como “extremamente produtivo”, afirmando que ainda há questões pendentes, mas que existe “uma chance muito boa” de novos avanços.
Em sua análise, o correspondente da BBC na América do Norte, Anthony Zucker, avaliou que o desfecho do encontro representa um revés para Trump, que havia dito anteriormente que existia apenas “25% de chance de fracasso”. Para o jornalista, o presidente americano deixa o Alasca sem reforçar a imagem de pacificador e negociador que tenta projetar.
Apesar da ausência de um acordo, aliados europeus e autoridades ucranianas devem ter recebido com alívio o fato de Trump não ter feito concessões unilaterais que pudessem enfraquecer futuras negociações.
Putin, por sua vez, mantém como condição para qualquer cessar-fogo o controle das regiões atualmente ocupadas pela Rússia, posição rejeitada por Kiev, que insiste em não abrir mão de seu território.
Durante a campanha presidencial, Trump havia prometido encerrar a guerra em até 24 horas após assumir a Casa Branca — promessa ainda distante de se concretizar. O encontro desta sexta-feira reforça o tamanho do desafio que os dois líderes enfrentam para avançar em uma solução diplomática para o conflito.
