Amamentação: um gesto natural que protege a saúde, salva vidas e cuida do planeta

Na Semana Mundial da Amamentação, celebrada de 1º a 7 de agosto, o Brasil reforça a importância do aleitamento materno como uma ação fundamental para a promoção da saúde, a redução da mortalidade infantil e o fortalecimento dos vínculos afetivos entre mãe e bebê. A campanha de 2024 destaca o aleitamento como uma prática sustentável, que contribui para a preservação da vida e a proteção do meio ambiente.

Amamentar é um ato natural, econômico e ambientalmente seguro. O leite materno não gera resíduos, não depende de produção industrial e está sempre pronto para o consumo — na temperatura ideal, sem necessidade de embalagens ou transporte. Segundo a Fiocruz, essa é uma das formas mais eficazes de cuidar do presente e garantir um futuro mais saudável.

“Ao promovermos a amamentação, investimos em saúde, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente”, afirma João Aprígio Guerra de Almeida, coordenador da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RBLH).

Um sistema que salva vidas

A RBLH, referência mundial em inovação social e saúde pública, é responsável por articular 234 bancos de leite humano e 249 postos de coleta no Brasil. Em 2024, a rede já ultrapassou 2,3 milhões de atendimentos a mães que amamentam, incluindo 281 mil visitas domiciliares e 460 mil encontros em grupo.

Além de orientar e acolher, os bancos de leite também estimulam a doação — essencial para recém-nascidos prematuros internados em UTIs Neonatais. Só neste ano, mais de 245 mil litros de leite humano foram doados, contribuindo diretamente para a sobrevivência de milhares de bebês em todo o país.

Benefícios para toda a vida

O aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e oferece inúmeros benefícios:

  • Para o bebê: proteção contra infecções, alergias, doenças respiratórias e gastrointestinais, além de menor risco de doenças crônicas no futuro.
  • Para a mãe: recuperação mais rápida no pós-parto, menor risco de câncer de mama e ovário, e fortalecimento do vínculo com o bebê.

Amamentar é também um ato de cidadania, que garante direitos e contribui para a construção de uma sociedade mais saudável e igualitária. A amamentação deve ser apoiada em casa, no trabalho e nas políticas públicas — com acesso à informação, serviços de saúde de qualidade e redes de apoio.

Últimas