Protestos em defesa da soberania nacional marcam o dia 1º de agosto em várias capitais

Manifestantes foram às ruas em pelo menos nove capitais brasileiras nesta sexta-feira (1º/8) em atos contra o que classificam como tentativas de interferência do governo dos Estados Unidos na soberania nacional. Em Brasília, em frente à Embaixada dos EUA, o protesto foi marcado por simbolismos fortes, como a queima da bandeira norte-americana e de um boneco representando o ex-presidente Donald Trump.

Organizado por movimentos sociais e partidos políticos, o ato teve como mote principal a resposta à recente política comercial adotada pelos EUA, que impôs uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Além disso, os manifestantes criticaram declarações de Trump que questionaram decisões do Judiciário brasileiro e o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).

Frases como “o Brasil é dos brasileiros” e “recua, fascista” foram entoadas pelos presentes, que também celebraram as prisões de militares envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e cobraram punições para Jair Bolsonaro.

Além da defesa da soberania, as manifestações incorporaram outras pautas sociais e econômicas. Entre elas, o fim da escala de trabalho 6 x 1 sem redução salarial, a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, e a rejeição ao Projeto de Lei 2.159/2021 — o chamado “PL da Devastação”, que flexibiliza regras de licenciamento ambiental.

A “pejotização” irrestrita de trabalhadores e a guerra na Faixa de Gaza também foram temas abordados. Os manifestantes denunciaram o apoio dos Estados Unidos ao Estado de Israel, afirmando que a venda de armas ao governo israelense contribui diretamente para a morte de milhares de civis palestinos.

Além de Brasília, as manifestações ocorreram em São Paulo (SP), Salvador (BA), Campo Grande (MS), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Recife (PE) e Florianópolis (SC).

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