Mais um passo importante rumo à equidade de gênero foi dado no Judiciário brasileiro: a juíza Soníria Campos Rocha D’Assunção foi eleita, nesta terça-feira (8), a nova desembargadora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). A escolha aconteceu em sessão plenária do tribunal, marcada por agilidade e consenso. A votação começou às 13h30 e, em menos de uma hora, Soníria foi promovida ao mais alto cargo da magistratura local.
A eleição é simbólica e histórica: trata-se da primeira promoção feita sob as novas diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que visam garantir equilíbrio de gênero nas promoções por merecimento em todos os tribunais do país. A lista tríplice que deu origem à decisão foi formada exclusivamente por mulheres — um reflexo do avanço das magistradas em um espaço tradicionalmente masculino. Além de Soníria, também estavam entre as finalistas Ana Maria Ferreira da Silva e Maria Leonor Leiko Aguena.
Antes da promoção, Soníria atuava como juíza de direito substituta de 2º grau no próprio TJDFT. Reconhecida por sua trajetória sólida e atuação técnica, sua ascensão representa não apenas uma conquista pessoal, mas também uma vitória coletiva das mulheres que atuam no sistema de Justiça.
A corregedoria indicou os três nomes aptos, e os demais desembargadores exerceram voto conforme seus critérios e convicções. A escolha de Soníria consolida o compromisso do tribunal com a valorização da competência feminina.
Opinião Mulher Capital Brasília:
O avanço da equidade de gênero no Judiciário é fruto de uma luta contínua. A promoção de Soníria Campos Rocha D’Assunção ao cargo de desembargadora é um marco que inspira outras mulheres a ocuparem espaços de poder com mérito, voz e protagonismo. Que mais listas sejam formadas com base em excelência — e que mais mulheres sejam reconhecidas por sua competência.
