Nesta Sexta-feira Santa (18), os restaurantes comunitários do Distrito Federal acolheram o público com um cardápio especial que celebrou a tradição cristã da data: moqueca de peixe com acompanhamentos caprichados como arroz, feijão, pirão, salada, além de suco e fruta de sobremesa. Para quem não consome peixe, ovos mexidos foram oferecidos como alternativa. A ação encantou os frequentadores e reforçou o papel desses espaços como locais de alimentação acessível, convivência e cuidado com a população.
“Hoje eu só como peixe, é tradição. E aqui está ótimo, uma maravilha, uma bênção”, resumiu, com alegria, a dona de casa Neuza Maria de Jesus, frequentadora assídua do restaurante do Sol Nascente.
A secretária de Desenvolvimento Social do DF, Ana Paula Marra, explicou a escolha do cardápio: “Como muitos brasileiros gostam de comer peixe nesta data e têm isso como uma tradição, decidimos substituir, excepcionalmente, a feijoada de sexta para atender um número maior de pessoas e receber essas famílias”.
E deu certo! O pedreiro Adomiran Siqueira contou que vai ao restaurante “de manhã, de tarde e de noite” e não economizou nos elogios: “Hoje está maravilhoso. Estou levando marmitas para casa para o pessoal que está aguardando aproveitar também essa ceia, que está bacana”.
A aposentada Irineia Pereira também aproveitou a oportunidade: “Vou levar para meu esposo e para uma filha. Pego comida quase direto aqui, difícil eu fazer em casa. O preço é bom”.
Atualmente, o DF conta com 18 restaurantes comunitários, sendo que 13 funcionam diariamente – inclusive aos domingos e feriados – oferecendo café da manhã, almoço e jantar a preços simbólicos: R$ 0,50 por refeição no café e jantar, e apenas R$ 1 no almoço. Para pessoas em situação de rua cadastradas, a alimentação é gratuita.
Os cardápios temáticos são uma tradição nas datas comemorativas, como Natal e Semana Santa, trazendo não só sabor, mas também acolhimento, alegria e espírito comunitário. “O restaurante comunitário é um lugar onde as famílias se reúnem para fazer as refeições, confraternizar”, reforça a secretária.
Mais do que alimentar, esses espaços fortalecem os laços da comunidade e garantem dignidade para milhares de brasilienses todos os dias.
