Meninas em Ação: jovens do DF ocupam espaços de liderança e inspiram transformação

Você já imaginou ocupar um cargo de liderança ainda no ensino médio? Essa é a experiência que trinta alunas da rede pública do Distrito Federal terão a oportunidade de vivenciar por meio do programa Meninas em Ação. A iniciativa é um verdadeiro mergulho em vivências de poder, liderança e protagonismo feminino, e promete marcar para sempre a trajetória dessas jovens.

De abril a outubro, as estudantes — todas do 3º ano do ensino médio — irão acompanhar de perto a rotina de mulheres que ocupam cargos estratégicos em instituições do governo, embaixadas, organismos internacionais e empresas. O projeto proporciona mais do que um dia em um cargo simbólico: ele oferece uma imersão em ambientes de tomada de decisão, onde se constrói o presente e o futuro das políticas públicas, da diplomacia, da comunicação e dos negócios.

A jornada começa no dia 10 de abril, quando uma das participantes acompanhará a primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha. Outras meninas terão a oportunidade de vivenciar um dia ao lado de lideranças como a vice-governadora Celina Leão e a embaixadora do Haiti, Rachel Coupaud. Para algumas, como a estudante Luísa Teixeira, o desafio inclui se comunicar em inglês ou francês — uma mostra do nível de preparação e dedicação das selecionadas.

O programa é uma parceria entre a Secretaria de Relações Internacionais (Serinter), a Secretaria da Mulher (SMDF) e a Secretaria de Educação (SEEDF), e tem como objetivo principal promover o empoderamento feminino e inspirar novas lideranças. Como bem destacou a vice-governadora Celina Leão, o projeto encoraja as meninas a se tornarem agentes de transformação: “É uma oportunidade para que se desenvolvam pessoalmente e profissionalmente, que incentiva a liderança e a autonomia”.

Mais do que uma ação pontual, Meninas em Ação se consolida como uma ferramenta estratégica para combater desigualdades de gênero, despertar vocações e criar uma rede de inspiração. Para a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, o impacto vai além do individual: “O programa não só inspira, mas também capacita. Ele contribui diretamente para a autonomia feminina e para uma sociedade mais equitativa”.

A seleção das alunas também foi criteriosa: domínio de inglês ou espanhol, engajamento escolar e comunitário, e atuação em espaços como grêmios estudantis foram alguns dos critérios observados. A ideia, segundo a coordenação do projeto, é mostrar às meninas que estar nesses lugares exige preparação, mas que elas podem — e devem — sonhar alto.

Inspirado no movimento internacional Girls Take Over, da organização Plan International, o projeto-piloto contempla, inicialmente, três escolas públicas do DF: o Centro de Ensino Médio Integrado do Gama (Cemi Gama), o Centro de Ensino Médio 1 de Planaltina (CEM 01 Planaltina) e o Centro de Ensino Médio Setor Oeste (Cemso). A ideia é começar de forma mais restrita, avaliar os resultados e ampliar a iniciativa nos próximos anos com a participação de mais escolas e meninas.

O impacto já é visível dentro das escolas. Professores e coordenadores relatam o engajamento crescente das estudantes, que se veem como multiplicadoras e referências entre os colegas. Para a supervisora pedagógica Naiara Lima, do Cemso, a iniciativa é transformadora: “Desde as preparações e orientações, tudo tem contribuído para o crescimento pessoal das meninas. Torcemos para que o projeto continue e se expanda”.

E o mais importante: Meninas em Ação é um convite para que meninas se reconheçam como líderes e protagonistas de suas histórias, com voz, vez e espaço garantido nas mesas onde as decisões são tomadas.

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