Desfiles de São Paulo têm Zé Celso, Benito de Paula, fé e literatura

Segundo dia dos desfiles do grupo especial em São Paulo teve homenagens ao dramaturgo Zé Celso Martinez Corrêa, a Benito di Paula, além de celebrações à fé, às literaturas infantil e brasileira, às cultura afro-brasileira e indígena e ao movimento LGBT.

Com a abertura do tradicional Afoxé Filhos da Coroa de Dadá, a noite começou com a Águia de Ouro, com uma bonita celebração ao cantor e compositor Benito di Paula. Com um roteiro inspirado em um de seus maiores sucessos, “Retalhos de cetim”, a escola da Pompeia, teve o cantor Xande de Pilates como intérprete do samba.

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A Império de Casa Verde veio na sequência do desfile. A escola, com o enredo Cantando Contos. Reinos da Literatura, apresentou a bateria toda fantasiada com o vilão Coringa, do super herói Batman. Também registrou sua passagem com Harry Potter na comissão de frente, além de Peter Pan, Cinderela e Branca de Neves nas alas.

Personagens de João Guimarães, como Riobaldo e Diadorim, de Grande Sertão: Veredas, e de Monteiro Lobato, com o Sítio do Picapau Amarelo, foram outros pontos de destaque da agremiação do bairro da zona norte de São Paulo.

A Mocidade Alegre foi uma das escolas que mais animaram o público da arquibancada do Sambódromo. Com o tema “Quem não pode com mandinga não carrega patuá”, a escola celebrou a fé em suas várias vertentes. Um dos carros alegóricos da agremiação apresentou problemas e chegou a ser empurrado pelos integrantes, mas não comprometeu o desfile.

A cultura religiosa de origem afro foi o condutor do desfile da Gaviões da Fiel. A escola dos carnavalescos Rayner Pereira e Júlio Poloni trouxe o enredo “Irin Ajó Emi Ojisé”, ou “A viagem do espírito mensageiro” com celebrações à ancestralidade dos povos africanos. A apresentadora de televisão Sabrina Satto, com uma fantasia bastante ousada, se apresentou mais uma vez como rainha da bateria da escola.

A cultura indígena esteve no centro do desfile da Acadêmicos do Tucuruvi. A homenagem e mote da agremiação foi o manto tupinambá, que estava em poder da Dinamarca e, recentemente, foi devolvida ao Brasil.

A população LGBT, com o enredo “Muito além do Arco-Íris ‘Tire o preconceito do caminho que nós vamos passar com amor”, foi o tema da Estrela do Terceiro Milênio. O carnavalesco Murilo Lobo abusou das referências ao universo LGBT, que teve o cantor Edson Cordeiro na avenida, e a drag queen Silvetty Montilla.

A Vai-Vai, maior colecionadora de título do carnaval paulistano, fechou o desfile desta madrugada com uma homenagem ao dramaturgo Zé Celso Martinez Corrêa, que morreu em 2023. A escola contou com a presença da apresentadora de televisão Luciana Gimenez como madrinha da bateria.

A tradicional escola fica no Bixiga, mesmo bairro do icônico Teatro Oficina, onde Zé Celso encenou suas peças. A agremiação foi uma das que mais empolgaram o público do Sambódromo.

 

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