O Ministério Público Federal (MPF) em Goiás, na última terça-feira (2/3), divulgou uma nota técnica na qual defende o tratamento precoce contra o vírus chinês. O documento foi assinado pelos médicos infectologistas Ricardo Zimerman e Francisco Cardoso, pela biomédica Rute Alves Pereira e Costa e pelo psicólogo Bruno Campello de Souza.
O procurador da República Ailton Benedito, para poder atualizar e adequar as medidas de enfrentamento ao Covid-19, solicitou um estudo para embasar um novo procedimento administrativo a ser seguido no MPF em Goiás.
O documento de 117 páginas destaca que as evidências científicas do tratamento na fase inicial da Covid-19 apresentam uma redução significativa da carga viral e dos marcadores inflamatórios dos pacientes.
A Nota Técnica Nº 1/2021, com o nome de ” As evidências científicas acerca do atendimento integral das pessoas acometidas com a Covid-19: o estado da arte atual, com enfâse no tratamento na fase final (replicação viral) da doença”, aponta também que o tratamento farmacológico precoce do vírus chinês reduz a duração de sintomas, os dias de internação e a mortalidade da doença.
“Do ponto de vista ético, cabe ressaltar que o emprego de medicações já aprovadas para uso em outras indicações (redirecionamento) é particularmente útil durante a situação atual, pois, além de estes fármacos serem prontamente disponíveis, as décadas de uso clínico comprovadamente seguro fazem com que se atenda ao preceito básico de ‘primeiramente não causar o mal’”, ressaltaram os autores do documento.
“Não existe conflito entre tratamento inicial, intermediário ou retardatário da Covid-19”, destacou Ailton Benedito.
Para o procurador, “o ideal é que o paciente receba dos serviços de saúde, públicos ou privados, em qualquer estágio da doença, o tratamento adequado conforme o conhecimento médico-científico, atualizado sistematicamente, sobre o vírus, as doenças que ele causa e as possibilidades terapêuticas”.
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