Foto: Carlos Gandra/CLDF
Em comissão geral da Câmara Legislativa, nesta quinta-feira (9), entidades de servidores públicos apresentaram as principais demandas das carreiras do Distrito Federal, além de medidas para a manutenção de serviços de qualidade. A palavra “valorização” permeou o debate, significando “melhores condições de trabalho” e “salários compatíveis.
A iniciativa da comissão geral – quando a sessão ordinária é interrompida e recebe convidados para tratar de temas de interesse da comunidade – foi do deputado Jorge Vianna (PSD). O parlamentar abriu os trabalhos lembrando a promessa do governador afastado, Ibaneis Rocha, de promover um reajuste de 18% nos vencimentos dos servidores.
Vianna também apontou a situação de categorias que tiveram os salários majorados, nos últimos anos, em índices acima das demais; bem como incentivou os servidores a focarem nas reposições salariais – que têm implicação na aposentadoria – e não somente em gratificações. O distrital fez ainda menção à operação policial, deflagrada hoje, que investiga desvios no Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev-DF).
“Estamos aqui para ouvir as reivindicações”, resumiu Jorge Vianna, apresentando o objetivo da reunião aos demais deputados distritais que comparecem ao plenário, do mesmo modo que representantes de diversas categorias. A comissão geral, ao dar oportunidade aos servidores de apresentarem a situação em que se encontram, constituiu um quadro que guiará as ações da Frente Parlamentar da Recomposição Salarial e Reestruturação de Carreiras do GDF, instituída na Câmara Legislativa e presidida por Vianna.
Principais problemas
Parlamentares de diversos partidos participaram da discussão. A deputada Dayse Amarilio (PSB) defendeu que “investir no servidor é investir na sociedade”. Enquanto Doutora Jane (Agir) destacou que “salário significa dignidade”. Por sua vez, Gabriel Magno (PT) falou da urgência do debate e recordou “os oito anos de congelamento salarial”. Também apoiaram as reivindicações os deputados João Cardoso (Avante), que é oriundo das carreiras Magistério e Auditoria; Ricardo Vale (PT) e Max Maciel (Psol).
Sindicatos de variadas categorias do serviço público local, de áreas como educação, saúde, segurança e administração em geral, entre outras, expuseram os problemas mais relevantes que preocupam os integrantes das carreiras, desde lotação inadequada e defasagem salarial a afastamentos por adoecimento, além de casos de violência. Ainda foi discutida a necessidade de recomposição dos quadros de pessoal, assim como as demandas dos aprovados em concursos, à espera de nomeação.
Entre os muitos dirigentes sindicais que falaram durante a comissão geral, Cleber Soares, diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro/DF), por exemplo, propugnou que “educação é investimento, não gasto”. Do Sindicato dos Enfermeiros, Úrsula Batista de Oliveira insistiu na necessidade de ações voltadas à saúde dos servidores e ao combate da violência contra os profissionais da categoria. Já Rennê Souza, do Sindireta, acrescentou ao debate a importância do lazer para os servidores, expondo proposta para o serviço Na Hora, que passaria a funcionar em três turnos durante a semana, fechando aos sábados.
Agência CLDF