Câmara realiza sessão solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher

Foi realizada nesta terça-feira (8/3), na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), uma sessão solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, proposta pelo deputado Jorge Vianna (Podemos). A sessão foi aberta com a execução do hino nacional pelo quinteto de musicistas da Orquestra Filarmônica de Brasília e contou com a presença de mulheres representantes de diversas profissões.

O deputado Jorge Vianna destacou que homenagear e respeitar as mulheres vai muito além de pequenos atos em datas comemorativas. “Todo ano no dia 8 de março todos falam sobre as mulheres, usam rosa, colocam uma fitinha, compram flores, o que tem que ter também, mas muitas vezes não passa de um discurso. Na prática tem muito machismo, vemos muito assédio, muita violência doméstica.”

A enfermeira e sindicalista Josiane Alves ressaltou a dificuldade que as mulheres têm para conquistarem seus espaços na sociedade. “A mulher tem uma luta para conseguir tomar os espaços na sociedade. Podemos estar em cenários diferentes, mas travamos lutas iguais, enfrentamos muita opressão.”

Maria Aparecida dos Santos, professora e vice-diretora de um colégio localizado em Engenho das Lajes, fez questão de evidenciar o papel da educação na luta feminina. “Trabalhar com educação é acreditar. A educação mudou minha história, minha vida e eu acredito que eu posso mudar vidas através da educação também. O machismo é muito velado, às vezes até a gente não consegue perceber, mas não deixamos isso dominar nossa profissão, nossa função social. Entre os alunos quase não existe (machismo), isso é incrível, pode acontecer, mas é algo que podemos vencer.”

Apesar das conquistas femininas ao longo das décadas, como o direito ao voto, que sequer tem 100 anos, muita coisa ainda precisa ser mudada no país, a desigualdade salarial, por exemplo, e foi isso que a jornalista Cristiane de Souza fez questão de deixar claro em sua fala. “Todas nós mulheres sabemos que a gente tem que passar por muito mais obstáculos do que os pares masculinos que desempenham a mesma função que nós. Além de ter essa figura social que cada uma exerce com nossas profissões, a gente precisa se esforçar tripla, quadruplamente”, disse.

Cristiane apontou também para a sobrecarga da mulher, que exerce diversos papéis dentro da sociedade. “A gente ainda lida com casa, filho, relacionamentos. Vemos empatia umas nas outras, a gente se preocupa em transformar o imóvel em lar, se preocupa com a própria saúde, com a saúde de quem tá em volta da gente”, completou.

A sessão solene foi encerrada com a conferência de moção de louvores às mulheres que estavam presentes representando as mais diversas profissões, desde pilotos de avião a lanterneiras.

Agência CLDF

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